Cultura organizacional, estresse ocupacional e queixas de sono : um estudo com funcionários de Instituto de Pesquisas do Vale do Paraíba

Abstract

Resumo: Esta pesquisa teve como objetivo identificar a relação da cultura organizacional sobre o estresse ocupacional e queixas de sono em pesquisadores e tecnologistas de Instituto de Pesquisas do Vale do Paraíba. A população pesquisada foi constituída de 519 (pesquisadores e tecnologistas) de Instituto de Pesquisas na cidade de São José dos Campos. A amostra pesquisada foi de 240 funcionários. Para isso, foi realizada uma pesquisa exploratória e descritiva, cuja abordagem é de natureza quantitativa. Foram utilizados os seguintes instrumentos para a coleta de dados: Inventário de Identificação de Amostra (QIA); Questionário de cultura organizacional (Santos, 2000), questionário esforço e recompensa no trabalho - ERI e questionário de qualidade do sono de Pittsburgh. Os dados coletados foram analisados por meio do Programa estatístico MINITAB - Versão 15. Na amostra pesquisada o sexo masculino foi predominante (54,6%); a idade média esteve entre 46 e 50 anos (27,5%); e, 68,3% eram casados. No que se refere ao número de horas trabalhadas, observou-se que 53,3% trabalham de 31 a 40 horas por semana e 85,8% têm mais de 21 anos de serviço na instituição. A categoria funcional predominante foi a de pesquisador (47,9%) e a área de atuação foi a de ciências exatas (83,3%). A titulação acadêmica da maioria é o doutorado (64%). A cultura (real e ideal) percebida, por ordem de classificação, foi a grupal, inovativa, racional e hierárquica. Quanto ao estresse ocupacional em relação ao desequilíbrio esforço e recompensa no trabalho verificou-se que a população pesquisada apresenta equilíbrio. Quanto ao Supercomprometimento no trabalho, identificaram-se 94,16% em risco e 5,84% estão fora de risco. Quanto à qualidade do sono, 222 pessoas apresentaram nível ruim. Os resultados desta pesquisa podem ajudar a identificar fontes de estresse e, assim, os superiores poderão criar medidas de prevenção e diminuir o estresse ocupacional em suas instituições. A complexidade do assunto é revelada nos resultados desta pesquisa e requer a realização de outras pesquisas, orientadas no sentido de ampliar o conhecimento da cultura organizacional, estresse ocupacional e distúrbios do sono.

Abstract: This research aimed to identify the relationship of organizacional culture on the complains of occupational stress and sleep disorders in researchers and technologists of the research institute of Paraiba Valley. The population studied was composed of 519 research institutes employees (researchers and technologists) in the city of São José dos Campos. The sample searched was of 240 employees. For this, a search was conducted exploratory and descriptive, which is a quantitative approach. The following instruments were used to collect data: identification of sample inventory (QIA); questionnaire of organizational culture (Santos, 2000), questionnaire of effort and reward at work-ERI and the questionnaire of quality of sleep of Pittsburgh. The data collected were analyzed using the statistical program "MINITAB" - version 15. The collected sample was predominantly male (54,6%), the average age was between 46 and 50 years (27,5%), and 68,3% were married. Regarding the number of hours worked, it was observed that 53,3% work 31 to 40 hours per week and 85,8% are over 21 years of service in the institution. The predominant functional category was the researcher (47,9%) and area of expertise was the exact sciences (83,3%). The degree of instruction of the majority is the PhD (63,8%). The culture (real) perceived, in order of ranking, was the group, innovative, rational and hierarchical. As for occupational stress in relation to effort and reward imbalance at work found that the population studied shows balance. Regarding extra commitment at work, were identified in 94,16% in risk and 5,84% out of risk. As the quality of sleep, 222 people had bad quality. The results of this research can help identify sources of stress and therefore the above may create measures to prevent and reduce occupational stress in their institutions. The complexity of the matter is revealed in the results of this study and requires the completion of other studies, aimed at broadening the understanding of organizational culture, occupational stress and sleep disorders.