Uma análise discursivista sobre os discursos da in(exclusão)

Abstract

Resumo: Discursos dissonantes sobre a validade do dispositivo político-jurídico da inclusão de alunos nos discursos de professores de salas comuns que passaram a ocupar o lugar de professores epecialistas em alunos portadores de necessidades especiais em Salas de Recurso constituíram a motivação que desencadeou esta pesquisa. A hipótese para essa dissonância é que, embora aceite a validade do discurso da inclusão como um valor contemporâneo, por ter acumulado experiências em salas de aula regulares, vislumbra dificuldades de sua realização plena no cotidiano pedagógico. O presente trabalho teve como objetivo analisar o discurso da inclusão de alunos hoje chamados de "diferentes" ou "portadores de necessidades especiais", elegendo, mais precisamente, o discurso da inclusão disseminado na sociedade e o discurso produzido por professores que passam a exercer a função de professores de Sala de recurso isto é, salas em que se recebem os alunos com problemas de aprendizagem quer de ordem cognitiva, quer de ordem mental ou física. Mais especificamente, esta pesquisa objetivou analisar 1) o discurso da inclusão como se apresenta nos documentos pedagógicos oficiais, nos panfletos da Igreja, e na mídia impressa; 2) detectar, no discurso produzido por professoras de nível de ensino básico, as razões para a ocorrência de dissonâncias, de contradições em seus disrcursos. A análise realizada levou à conclusão de que os documentos relativos à inclusão apresentam reconhecimento da dificuldade de se instituí-la como pretendem. Levou também à conclusão de que esses professores enunciam de lugares diferentes, ora do lugar de especialista que deve incluir e aceitar um discurso de ordem, ora do lugar de professor de classes regulares que reconhece não ter preparo específico para trabalhar com um portador de necessidades especiais. Os enunciados dissonantes, assim, provaram im dizer heterogêneo emanado de sujeitos constitutivamente heterogêneos, isto é, que enunciam de um lugar que lhes exige legitimar o discurso e de um lugar que lhes permite entender que a inclusão, cujo efeito de sentido é apendizagem, possa não ocorrer.

Abstract: Abstract: Dissonant speeches about the legality of the political - juridical device above students inclusion wich we found in speeches of teachers the used to work in common classroom and now have the occupy the place of teachers who are specialists in deal with students that have special needs in Resource Classroom was what establish the motivation to this research happens. The hypothesis to this dissonance is that, althrought the legality of the inclusion speech is accepted as a conteporary value, based on their experiencies in common classrooms, they glimpse difficulties i its full archievement in the pedagogical daily practice. This research has the purpose of analyse the inclusion speech about students who are called "different" or " a special needs person", choosing acuurately the inclusion speech, spread in society, and the speech produced by teachers to work in Resource Classrooms, i. e. classrooms which are prepared to receive students who have learning problems, such as cognitive, mental or physical problems. Mainly, this research has the purpose to analyse two aspects: the first one is the inclusion speech in how it is presented in pedagogical official documents, in folders from the Catholic Church and in the printed press. The second oneis to detect, in the speech produced by teachers os elementary level, the reasons thar cause the dissonances and contradictions in their speeches. The analysis realized we are leaded to conclude that documents related to inclusion recognize the difficult to establish it accordingly their intention. W may also conclude that these teachers states in two differents ways, the specialist teacher who has to include and accept the order speech and the teacher of common classrooms, who recognize that she isn't to deal with students with special needs. In this way, it demonstrate a heterogeneous speech arises by differents subjects, i. e. they state from a position that demand to legitimate their speech and from another position which allows them to understand that inclusion, which the only purpose is learning may not happen.