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http://repositorio.unitau.br/jspui/handle/20.500.11874/5324
metadata.dc.type: | Trabalho de Graduação |
Title: | Não é amor é trabalho |
Authors: | Lemes, Francine Milene da Silva, 1990- |
Abstract: | Resumo: Esta pesquisa discute o processo de naturalização e desvalorização do trabalho feminino na sociedade capitalista. Para sua construção, analisaram-se os fundamentos da opressão e exploração do trabalho da mulher na esfera privada, notadamente quanto ao desempenho das atividades domésticas e de cuidados e os impactos desse trabalho na condição da mulher na esfera pública e nas suas relações sociais. A pesquisa foi realizada junto a mulheres que residem no Vale do Paraíba Paulista. Foram selecionadas e entrevistadas cinco mulheres mediante amostra intencional. Para o seu desenvolvimento, foi empregada a abordagem qualitativa, que visa abranger o fenômeno estudado numa perspectiva de totalidade, almejando à interpretação da realidade social em suas múltiplas dimensões. Como técnica para coleta de dados, utilizamos a entrevista semiestruturada, com perguntas abertas e fechadas, permitindo às entrevistadas expressarem-se livremente, enriquecendo o conteúdo do material coletado e, ao mesmo tempo, atingindo os propósitos investigativos. A análise dos dados e das informações partiu da apreensão dos elementos presentes nos depoimentos das participantes. Assim, o material coletado não foi desconectado de suas falas, nem tampouco do contexto sócio-histórico em que essas mulheres estão situadas. Resultados apontam que a divisão sexual do trabalho no sistema capitalista-patriarcal incide diretamente na realidade de vida das mulheres, confirmando-se que o processo de naturalização e desvalorização do trabalho feminino está estruturalmente vinculado às bases que sustentam esse sistema. O trabalho doméstico e de cuidado foi intencionalmente imposto às mulheres, como consequência de um sistemático processo de degradação social feminina, presente no período em que se originou o capitalismo, e ainda hoje influenciando e/ou determinando à realidade concreta das mulheres, principalmente as mais pobres e negras. O não reconhecimento da atividade doméstica como trabalho torna-se fundamental para acumulação capitalista que se vale do disciplinamento dos corpos e mentes por meio de um processo ideológico fraudulento. Para desmistificar e libertar as mulheres dessa imposição é essencial construir e fortalecer espaços de reflexões críticas e classistas sobre a desigualdade de gênero na sociedade capitalista-patriarcal, endossando as lutas feministas nessa direção. No entanto, sendo a divisão sexual do trabalho apenas um dos mecanismos da dinâmica de acumulação do capital, sabe-se que a ruptura com esse processo requer para além dessas mediações a construção de uma nova sociabilidade que permita a liberdade plena das mulheres (e também dos homens). É o que buscamos e sonhamos, para que "nada nos defina, que nada nos sujeite. Que a liberdade seja a nossa própria substância, já que viver é ser livre" (Simone de Beauvoir). Abstract: This research discusses the process of naturalization and devaluation of female labor in capitalist society. For its construction, the foundations of oppression and exploitation of women's work in the private sphere were analyzed, notably as regards the performance of domestic and care activities, and the impacts of this work on the condition of women in the public sphere and in their social relations. The research was carried out with women living in the Vale do Paraíba Paulista. Five women were selected and interviewed by means of an intentional sample. For its development, a qualitative approach was used, which aims to cover the phenomenon studied in a perspective of totality, aiming at the interpretation of social reality in its multiple dimensions. As a technique for data collection, we use the semi-structured interview, with open and closed questions, allowing the interviewees to express themselves freely, enriching the content of the collected material and, at the same time, reaching the investigative purposes. The analysis of data and information started from the apprehension of the elements present in the participants' testimonies. Thus, the material collected was not disconnected from their speeches, nor from the socio-historical context in which these women are located. Results point out that the sexual division of labor in the capitalist-patriarchal system directly affects the reality of women's lives, confirming that the process of naturalization and devaluation of women's work is structurally linked to the bases that support this system. Domestic and care work was intentionally imposed on women, as a result of a systematic process of social degradation for women, present in the period in which capitalism originated, and even today influencing and / or determining the concrete reality of women, especially poorest and black women. The non-recognition of domestic activity as work becomes essential for capitalist accumulation, that uses the disciplining of bodies and minds through a fraudulent ideological process. To demystify and free women from this imposition, it is essential to build and strengthen spaces for critical and class reflections on gender inequality in capitalist-patriarchal society, endorsing feminist struggles in this direction. However, since the sexual division of labor is only one of the mechanisms of capital accumulation dynamics, it is known that the rupture with this process requires, in addition to these mediations, the construction of a new sociability that allows the full freedom of women (and also of men). It is what we seek and dream of, so "let nothing define us. Let nothing hold us. Let freedom be our own substance" (Simone de Beauvoir). |
Keywords: | Mulheres - Emprego - Brasil Capitalismo Discriminação de sexo no emprego |
metadata.dc.language: | Português |
metadata.dc.rights: | Acesso Aberto |
URI: | http://repositorio.unitau.br/jspui/handle/20.500.11874/5324 |
Issue Date: | 2020 |
Appears in Collections: | Serviço Social - Trabalhos de Graduação |
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