Descrição da prevalência das principais desordens musculoesqueléticas em atletas de handebol : uma revisão sistemática

Abstract

Resumo: Objetivo: Desenvolver uma revisão sistemática sobre a prevalência das principais desordens musculoesqueléticas que acometem os atletas profissionais de handebol assim como seus mecanismos de lesão. Métodos: Foi realizada uma busca em setembro de 2022 nas bases de dados PubMed, Lilacs e Scielo. Foram incluídos estudos transversais ou de coorte prospectivo com informações sobre as principais desordens musculoesqueléticas que ocorrem em atletas de handebol. A avaliação do risco de viés foi realizada por dois revisores independentes. Discordâncias foram discutidas, e se ainda não houvesse um consenso, um terceiro revisor arbitrou a decisão final. Os dados foram organizados de acordo com a maior prevalência associada à lesão musculoesquelética e agrupados em tabelas separadas por prevalência de acordo com o diagnóstico médico, região do corpo acometida e o mecanismo de lesão. Resultados: Foram incluídos 12 artigos nesta revisão sistemática, dos quais 6 eram estudos transversais, 5 estudos de coorte prospectivo e 1 estudo epidemiológico, sendo que um mesmo artigo poderia conter mais de um desfecho de interesse, assim sendo, as lesões que foram prevalentes nos atletas de handebol, segundo o diagnóstico médico foram: entorse (53-85%), lesão muscular (27-67%) e a tendinopatia (14-30%). Segundo a região do corpo acometida foram prevalentes na ordem: membros inferiores (72,1%) ou separadamente, joelho (51%) e tornozelo (33,3%) e ainda a articulação do ombro (41-53%). Segundo o mecanismo de lesão, se destacou o trauma contra outro oponente (30,2-95%) e a colisão com a bola (4,4-41%). Conclusão: As prevalências de lesões em atletas de handebol ocorreram mais frequentemente em entorse, lesão muscular e tendinopatia. Quanto aos padrões do mecanismo de lesão, o trauma maior ocorrido foi por colisões entre os profissionais, sendo demonstrado acometimento na maioria em membros inferiores, articulação de joelho e tornozelo, apresentado em diferentes estudos utilizados nesta revisão. Sendo assim é possível observar uma alta prevalência de lesões em membros inferiores nesses atletas

Abstract: Objective: To develop a systematic review on the prevalence of the main musculoskeletal disorders that affect professional handball athletes, as well as their injury mechanisms. Methods: A search was performed in September 2022 in the PubMed, Lilacs and Scielo databases. Cross-sectional or prospective cohort studies with information on the main musculoskeletal disorders that occur in handball athletes were included. Risk of bias assessment was performed by two independent reviewers. Disagreements were discussed, and if there was still no consensus, a third reviewer reached the final decision. Data were organized according to the highest prevalence associated with musculoskeletal injury and grouped into tables separated by type of medical diagnosis, affected body region and mechanism of injury. Results: 12 articles were included in this systematic review, of which 6 were cross-sectional studies, 5 prospective cohort studies and 1 epidemiological study, and the same article could contain more than one outcome of interest, thus being the injuries that were prevalent in athletes of handball, according to the medical diagnosis were: sprain (53-85%), muscle injury (27-67%) and tendinopathy (14-30%). According to the affected body region, they were prevalent in order: lower limbs (72.1%). observing another study showed knee (51%) and ankle (33.3%). shoulder (41-53%). And according to the mechanism of injury, trauma against another opponent (30.2-95%) and collision with the ball (4.4-41%) stood out. Conclusion: The prevalence of injuries in handball athletes occurred more frequently in sprain, muscle injury and tendinopathy, regarding the patterns of the injury mechanism, the greatest trauma occurred due to collisions between professionals, with involvement being demonstrated in the majority of the lower limbs in the joint of knee and ankle, presented in different studies used in this review. Therefore, it is possible to observe a high prevalence of injuries in the lower limbs in these athletes