Resistência de união da interface coping cerâmico-pilar de implante variando o agente cimentante antes e após ciclagem térmica

Abstract

Resumo: Objetivo: O objetivo do presente estudo foi avaliar a resistência de união da interface coping cerâmico-pilar de implante variando o agente cimentante antes e após ciclagem térmica. Material e métodos: Foram utilizados quarenta conjuntos de copings cerâmicos e.max - pilar sólido 5.5/ análogo regular, sendo estes divididos aleatoriamente de acordo com o agente cimentante (n=10): (OZ) óxido de zinco sem eugenol; (FZ) fosfato de zinco; (CIV) ionômero de vidro modificado por resina; (RES) resinoso autopolimerizável. O teste de resistência da união à tração foi executado em uma máquina de ensaios universal (Versat 2000-Panambra), com velocidade de 1,0mm/min, antes e após ensaio de envelhecimento por ciclagem térmica. Os resultados foram submetidos ao teste de normalidade e posteriormente a ANOVA (two-way) e teste de Tukey, com nível de significância de 5%. Resultados: Antes da ciclagem térmica, os valores variaram entre o mínimo de 50,77N (OZ) e o máximo de 240,21N (CIV). Não foi observada diferença entre OZ e FZ (60,16N), nem entre CIV e RES (230,36N). Após a ciclagem térmica, os valores foram de no mínimo 3,5N (OZ) e máximo de 330,66N (RES). OZ apresentou resultados estatísticamente inferiores se comparado aos demais, enquanto RES obteve resultados estatísticamente superiores em relação aos demais agentes cimentantes, FZ (90,58N) e CIV (280,43N) apresentaram resultados intermediários. Conclusões: O cimento de óxido de zinco sem eugenol foi associado ao pior desempenho comparado aos demais agentes avaliados antes e após a ciclagem. Antes da ciclagem térmica o maior valor médio obtido foi do ionômero de vidro, enquanto que após a ciclagem o maior valor médio foi do cimento resinoso. O envelhecimento das amostras promoveu inversão dos resultados do ionômero e resinoso, com melhor resultado mecânico para o cimento resinoso.

Abstract: Objective: The aim of the present study was to evaluate the bond strength of the ceramic coping-abutment implant interface according to the luting agent, before and after thermal cycling. Methods: A total of forty sets of ceramic copings (IPS e.max) and solid pillar 5.5/ regular analogue were divided according to the luting agent (n=10): (OZ) zinc oxide with no eugenol; (ZP) zinc phosphate, (CIV) resin modified glass ionomer, (RES) adhesive resin cement. Tensile bond strength test was performed using a universal testing machine (2000-Versat Panambra) with a speed of 1.0mm/min, before and after thermal cycling. Results were submitted to normality test and then analyzed by ANOVA and Tukey test with significance level of 5%. Results: Prior to thermal cycling, values ranged from 50.77N (OZ) to 240.21N (CIV). No difference was observed between OZ and FZ (60.16N), nor between CIV and RES (230.36N). After thermal cycling, values ranged between 3.5N (OZ) and 330.66N (RES). OZ showed statistically lower mean values compared to the others. RES presented statistically higher mean values in comparison to the other luting agents. FZ (90.58N) and CIV (280.43N) showed intermediate results. Conclusions: Zinc oxide with no eugenol was associated with the worst performance compared to the other agents after thermal cycling. Before thermal cycling the highest mean value was obtained for the glass ionomer. However, after this step, adhesive resin cement showed the highest mean value of bond strength. The sample aging inverted results between ionomer and resin cement, with better mechanical performance for the resin cement.